terça-feira, 26 de janeiro de 2010

É isto.

Lembro-me da altura em que aprendi tudo sobre a época dos Descobrimentos. Era a única coisa que me prendia a atenção naquelas aulas intermináveis de História, por ser precisamente o fascínio de descobrir o desconhecido aquilo que mais me entusiasmava.
Penso que todos se lembram da ideia antiga que se tinha do mundo! Secalhar tinha razão aquele que pensava que o mundo é quadrado.
Não me apercebi que, como esses que andavam sobre o mar e descobriram que o mundo era afinal redondo, navegava por águas em que por vezes as correntes são rápidas, demasiado rápidas.
A corrente levou-me, sem «para» nem «porquê» para o nada. Para onde parece que o mundo é inusitado e suspenso, mas findo. Em que a curva, já de si inesperada, vai culminando de forma absurda numa linha recta sem mais do que o desinteresse que a caracteriza.
Secalhar a viagem foi curta, mas talvez curta tenha sido o suficiente.

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