domingo, 10 de janeiro de 2010

(Des)preocupada

Não é habitual. Não em mim, o que pode significar qualquer coisa.
Tenho antes de mais que confessar que não pensar demais sabe tão, mas tão bem. Tenho uma cabeça a quem nunca apeteceu aderir a esse movimento da vida despreocupada por quem tantos dão o braço a torcer até quebrar.
Como ela ainda tem algum poder de decisão sobre mim (nunca me vou livrar disso?) parece que decidiu entrar por aí. O mais engraçado foi como não se esqueceu de olhar para ambos os lados antes de atravessar a estrada que deu a uma ruela escura e desconhecida, e que lhe permitia enveredar por esses caminhos de ideias. A sorte foi que essa ruela, estreita e curta, obedecendo ao nome, aguardava mais à frente por uma avenida improvável com imensas ruas que lhe eram perpendiculares e que se colocovam tanto à esquerda como à direita em jeito de um urbanismo nova-iorquino hiper organizado. É parecido com NY, deve querer dizer alguma coisa, pensou ela.
Onde as luzes a encandeiam e os edifícios lhe recortam a linha do horizonte, vai entrando num ritmo acelerado que nunca lhe pertenceu, nem a mim!
Sou uma perfeita desconhecida por esses lados, o que nem sequer me incomoda. Sim, pode ser que isso me esprema a vontade de andar aí a vaguear nesse modo de vida, só que não será para já!



John Mayer - Not Myself

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