segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ao sabor de quê?

Está tudo claro, estou a olhar ali para fora! Vejo um azul claríssimo, um branco que ganhou a textura do algodão, vejo... aquilo parece ser um barco. Um barquito com gente lá dentro ao sabor da corrente que me dá inveja.
Devem estar a gozar a luminosidade do dia, a graciocidade com que o sol toca ao de leve na água com os seus dedos mais compridos: a faze-la brilhar, mais bela e mais clara, a dançar com uma maior calma do que na realidade tem. O sol abraça-a, envolvente, com todo o seu calor. Não lhe deixa margem para fugir, não lhe permite qualquer fuga porque a atinge com o que a fragiliza, mas com a maior das subtilezas. Uma fragilidade perigosa, se repararmos na inocência da sua quase transparência.

Eu movo-me na minha corrente, na tua corrente... para onde me levares!

Sem comentários: