sexta-feira, 12 de março de 2010

(almost)

- Olho-te nos olhos e apesar de escuros, tenho a certeza que são mais transparentes do que a água o é.
- Vulnerabilidade.
- É o que estás a sentir?
- Muito.
- Assim que chegaste trazias um sorriso contigo, não te cansas nunca?
- Ele é fácil... Mas sim, às vezes deixo-o aparecer para não ser ingrata.
- Ingrata?
- Sim. Acontece que há dias em que é a melhor coisa que tenho para oferecer. Se não me saem palavras, dou ao silêncio um sorriso.
- Encosta-te a mim.
- Estás à espera que cante?
- Quero dar-te um colo. Só isso.
- Só? Isso já é tanto.

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