terça-feira, 13 de abril de 2010

Amor e esforço não rimam. O amor acopla-se à música do acaso, o esforço não. O amor obedece à estrutura rítmica que os olhos dos amantes criam quando se encontram. Procuram-se um ao outro, o olhar um do outro, mais do que discretamente. Não é o ritmo da cabeça dele em direcção à dela que vence, ou vice-versa. O ritmo dos dois altera-se até descobrirem um compasso confortável a ambos. Depois ficam-se perdidos algures entre o espaço e o tempo. Ninguém sabe. Nem eles.

2 comentários:

Anónimo disse...

"Eles não sabem nem sonham..."

Joana Figueiredo Gonçalves disse...

Mas deviam saber...
Já quase ninguém é capaz de o fazer, de se deixar levar assim. Mede-se tudo: consequências, dores, prós... Isso não é amor.