Estarei louca? Desnorteada, asseguro. Louca, ainda equaciono. Quanto de mim me falta encontrar na podridão do que deixei envelhecer no meu Outono? As folhas que encontro na rua envergonham-me. Na minha estação os passos não variam, não caem mais de mim. Não se renasce, não há espaço para inovações pessoais que cedo perdem o brilho. Existem perguntas, uma catapulta que as lança com o tempo mínimo de recarga.
Onde está a mudança gradual das cores? Para onde escorregou a vontade peremptória que ao vento segredei?
O mundo não me aparece com outro tom que não o sépia. Envelheci sem me aperceber e agora lamento os instantes que deixei a secar ao lado do meu rendado vestido branco. Olho para trás e continuo sem saber quando os apanhei. Talvez ainda estejam lá, mas diz a minha consciência, num tom indignado, que não, que já lhes peguei pela mão. Onde está a verdade quando o meu próprio eu acentua o nevoeiro que me rodeia?
Onde está a mudança gradual das cores? Para onde escorregou a vontade peremptória que ao vento segredei?
O mundo não me aparece com outro tom que não o sépia. Envelheci sem me aperceber e agora lamento os instantes que deixei a secar ao lado do meu rendado vestido branco. Olho para trás e continuo sem saber quando os apanhei. Talvez ainda estejam lá, mas diz a minha consciência, num tom indignado, que não, que já lhes peguei pela mão. Onde está a verdade quando o meu próprio eu acentua o nevoeiro que me rodeia?
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