quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Qual a área de estragos que a bomba deixará por aqui?

Nunca te dediquei muitas palavras, mas bem sei que as mereces. Não me perguntes a razão de o não ter feito, não sei ao certo. O que sei, e me dói, é que talvez exista um fundo de independência por aí entretido. Eu, tão dependente e às vezes tão desligada daqueles a que me apego. Porque sim, apeguei-me.
Tudo o que te posso dizer é que a bomba caiu causando mais danos do que eu esperava. Para dizer a verdade, não te via como alguém capaz de premeditar uma guerra. Eu imaginava-te do outro lado, um guerreiro a empilhar sacos de areia enquanto sofria um ataque.
Mas a bomba caiu mesmo. Mas logo agora, depois de manifestos que não a faziam adivinhar? Não esperava que as reviravoltas se dessem sem verdadeiros indícios, ataques previsíveis à tranquilidade.
De que vale o medo agora que já se vê o fogo, o fumo? De que serve mais moderação, agora que tudo temo ter perdido?
Há em mim um mal estar maior do que tu. Se quando voltar a levantar o olhar já não estiveres aí, prometes que de quando em quando podes voltar até mim?

1 comentário:

Mário Bonança disse...

Epaaaah não posso ficar indiferente a este texto. Isto é mto bom msm! Que momento de inspiração ó joana! ;p