Quando imagino é em grande. E naquela hora em que a penumbra se confunde com a luminosidade consigo criar vidas paralelas. Desta vez criei-as quando me encontrei a procurar por ti, desperta por simples coisas como estas.
Fazemos sempre uma festa. Desde há pouco tempo agarras-me literalmente em quase todas as alturas em que me vês, umas várias por semana. Depois, ou enquanto, dás-me um beijinho demorado na cara. Eu dou-te outro. E é como se fossemos grandes amigos sem sequer o sermos. E eu rio-me para ti com um grande sorriso e tu fazes o mesmo.
Ultimamente não me lembro de alguém que me faça sorrir tanto e sempre em tão pouco tempo. E depois esses olhos vivos agem como se nunca me tivesses visto (ias fartar-te de rir com o exagero que acabei de cometer - até te consigo imaginar a contar imediatamente isso aos poucos que nos rodeassem para provares ter a certeza que eu estava errada. Aliás, como daquela ultima vez em que era eu a rir-me de ti e me puseste a falar com uma pessoa que ainda hoje desconheço, só para reclamares razão. Pois, não tinhas, e ri-me mais ainda.)
Acho tanta graça! Isto às palavras que se pronunciam rápidas, dando quase a vontade de crer que não há intervenção de áreas corticais quando as soltamos. Se assim fosse, seria caso para acreditar que as diziamos porque era o que mais queriamos dizer e não precisávamos de tempo para processar em andares superiores o que estariamos prestes a proferir. Só que as nossas palavras não fazem sentido nenhum, pelo menos num contexto igual ao nosso. Brincamos com algo que ambos precisamos - a solução perfeita para pessoas como nós - mas sobre a qual nunca nos pronunciámos porque há antecedentes de que é escusado lembrarmo-nos. Nunca levámos a sério os breves minutos em que nos inventamos mais um que nunca pusemos a hipótese de ser.
Inexplicavelmente, não temos razão para ser assim, mas desde o início que não nos encontramos sem a piada que instantaneamente compomos entre nós.
Nunca te levei a sério porque nunca existiu razão para tal. E acontece o mesmo da tua parte. E no entanto estou a imaginar como seria se existisse um trago de realidade nas coisas com as quais brincamos.
Também nunca estivemos muito perto disso, mas também nunca houve uma altura tão propícia como a que curiosamente alcançámos agora.
Outra coisa, a mais divertida de todas: não consigo inventar-te ao encontrares-te nestas linhas. Por mais olhares que lhes desses, não acredito que conseguisses. Eu sei sempre mais do que tu e precisas que seja eu a apresentar-te os espaços que só conheces em branco. Desta forma, é óbvio que não consegues começar a cruzar duas histórias tão bem como eu! Oh preferia que fosse ao contrário porque não me lembro de já ter estado neste papel.
Será que? Agora? Sim, talvez tenha chegado a altura de ser eu a tentar o papel!
P.S. – Já te disse que gosto disto?
Fazemos sempre uma festa. Desde há pouco tempo agarras-me literalmente em quase todas as alturas em que me vês, umas várias por semana. Depois, ou enquanto, dás-me um beijinho demorado na cara. Eu dou-te outro. E é como se fossemos grandes amigos sem sequer o sermos. E eu rio-me para ti com um grande sorriso e tu fazes o mesmo.
Ultimamente não me lembro de alguém que me faça sorrir tanto e sempre em tão pouco tempo. E depois esses olhos vivos agem como se nunca me tivesses visto (ias fartar-te de rir com o exagero que acabei de cometer - até te consigo imaginar a contar imediatamente isso aos poucos que nos rodeassem para provares ter a certeza que eu estava errada. Aliás, como daquela ultima vez em que era eu a rir-me de ti e me puseste a falar com uma pessoa que ainda hoje desconheço, só para reclamares razão. Pois, não tinhas, e ri-me mais ainda.)
Acho tanta graça! Isto às palavras que se pronunciam rápidas, dando quase a vontade de crer que não há intervenção de áreas corticais quando as soltamos. Se assim fosse, seria caso para acreditar que as diziamos porque era o que mais queriamos dizer e não precisávamos de tempo para processar em andares superiores o que estariamos prestes a proferir. Só que as nossas palavras não fazem sentido nenhum, pelo menos num contexto igual ao nosso. Brincamos com algo que ambos precisamos - a solução perfeita para pessoas como nós - mas sobre a qual nunca nos pronunciámos porque há antecedentes de que é escusado lembrarmo-nos. Nunca levámos a sério os breves minutos em que nos inventamos mais um que nunca pusemos a hipótese de ser.
Inexplicavelmente, não temos razão para ser assim, mas desde o início que não nos encontramos sem a piada que instantaneamente compomos entre nós.
Nunca te levei a sério porque nunca existiu razão para tal. E acontece o mesmo da tua parte. E no entanto estou a imaginar como seria se existisse um trago de realidade nas coisas com as quais brincamos.
Também nunca estivemos muito perto disso, mas também nunca houve uma altura tão propícia como a que curiosamente alcançámos agora.
Outra coisa, a mais divertida de todas: não consigo inventar-te ao encontrares-te nestas linhas. Por mais olhares que lhes desses, não acredito que conseguisses. Eu sei sempre mais do que tu e precisas que seja eu a apresentar-te os espaços que só conheces em branco. Desta forma, é óbvio que não consegues começar a cruzar duas histórias tão bem como eu! Oh preferia que fosse ao contrário porque não me lembro de já ter estado neste papel.
Será que? Agora? Sim, talvez tenha chegado a altura de ser eu a tentar o papel!
P.S. – Já te disse que gosto disto?
2 comentários:
É muito bom saber isso, obrigada :)
não tem mal :)
escreves muito bem, continua :)
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