quinta-feira, 6 de maio de 2010

Por Münster



(Uma das fotografias que tirei a uma das principais ruas da cidade de Münster)
(Uma das fotografias que tirei do magnífico sítio a que me refiro: rio Aasae, em Münster)

Parecia passear pela tela de um quadro. No caminho admirava as margens recortadas, as linhas que se arrumavam na paisagem sempre pautada de verde aqui, verde acolá.
O panorama dava ares de ter sido acariciado com um pincel, com cores criteriosamente escolhidas, todas elas a descender do mesmo tom campestre e acolhedor.
Vêm-me à memória os sons e o movimento. Das ruas captava-se a música constante das conversas e campainhas de quem andava lado a lado sobre bicicletas que, quase ressabiadas, reclamavam prioridade aos forasteiros que se apoderavam da calçada, pedalando em olhares dirigidos a detalhes belissimamente desenhados, encantados com a simplicidade natural da cidade.
Alonguei-me no tempo sozinha junto ao rio. Parece quase obrigatória a minha paragem por sítios parecidos àquele. Tranquiliza-me, sempre. Sentar-me comigo ali no chão, sobre a relva... Cruzar as pernas e não fazer mais do que olhar. Até me rio para o nada, lembrando o que vagueia em mim. Não sei elaborar uma justificação com um valor aceitável de causa. Não sei.
É daquelas coisas que adoro. Ponto.
Guardei essa tarde comigo. E a vontade de lá voltar também.

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