sábado, 8 de maio de 2010

Não é que me doa a alma. Dói-me a lentidão com que esperamos que as coisas aconteçam.

Ao escrever isto, dei-me conta que minimizamos a importância das pequenas coisas que entretanto acontecem sem que lhes descubramos a sombra. Somos estupidamente descrentes nos processos. Anciamos pelo desenrolar porque depois do início a concretização é tudo o que queremos.
Encaro esta como uma das variáveis da complexa equação que constrói problema. Vou-lhe chamar "descura" que é uma vizinha da indiferença. Vizinha não é familiar; atenção porque a raiz não é a mesma.
Se fôssemos mais atentos, estariamos mais cientes das coisas. Para quê a pressa?

4 comentários:

© disse...

tocaste no ponto exacto que me consome nestes últimos dias.
saberemos nós ver? conseguiremos focar? quereremos ter à nossa frente a visão límpida dos acontecimentos que compõem a nossa vida?
a dor...
teremos coragem suficiente para dizer basta e caminhar sem olhar para trás?

Joana Figueiredo Gonçalves disse...

Se não tivermos teremos que ter! Eu não tinha, até me aperceber das coisas que estava a perder!
Há tanto por que sorrir! Se as coisas tiverem que acontecer será quando menos esperarmos, não adianta esperar por uma coisa que pode nem sequer acontecer!
Podemos dizer basta e ainda olhar para trás porque não precisamos de rotular todos os acontecimentos como definitivos. Podemos deixar as coisas em aberto, mas isso não implica que estejamos abertos a outras surpresas que o futuro nos reserve!

Joana Figueiredo Gonçalves disse...

E a dor... a dor faz bem, impede-nos de ser inconsequentes.
Não podemos é deixar que se abata sobre nós. Há muito mais para além disso (:

Joana Figueiredo Gonçalves disse...

No meu primeiro comentário tem que ser feita uma correcção:

"Podemos deixar as coisas em aberto, mas isso não implica que não estejamos abertos a outras surpresas que o futuro nos reserve!"