terça-feira, 15 de setembro de 2009

09.09.2009

Foi subindo tremendo e balouçando, hesitando na sua própria vontade. Parou e esperou.
Volta a caminhar, afinal precisa de ir até lá. Deixa a parede para trás, segue em frente, vira à direita. Vê múltiplas caras e reconhece a que procura. Toma a sua direcção. Olha-lhe nos olhos. Diz "olá". Pega no envelope, agradece com uma palavra, salta-lhe o coração e deseja um fim de boa tarde.

Não me admira nada vê-la assim. Observei-a ao longo do dia, mais atentamente quando teve a certeza de que seria aquela a tarde. Parecia normal, aliás como ultimamente costuma parecer [aos olhos dos outros].
Reparei que andou calmamente até lá, não fossem os saltos ser culpados em vez da ansiedade. É, habitualmente, fácil encontrá-la distraída com o mundo lá fora, mas hoje estava simplesmente alheada de tudo.


Pearl Jam- Black

Sem comentários: