domingo, 4 de dezembro de 2011

365 à luz do corredor


Dali para o corredor onde a alegria e a malícia por vezes cresceram juntas podem-se recriar imagens sem conta. Desde o corpo acolchoado sobre braços voluntários, a mãos que tocavam o que seguia em frente, não deixando passar com descrição os sucessivos regressos e pacíficos abandonos de alguém com um compromisso na agenda.
Cedo, muito cedo começaram as viagens de deleite esfusiante às quais qualquer comparação faria o concorrente abandonar uma corrida em desvantagem. Das noites longas em curta duração saíram desejos por cumprir, diálogos a passear sobre o sono e o toque seguro entre quem não quer ter mais para onde ir.
Nesse corredor tudo se mistura. É o espelho do que foi, reflectido no lençol por enrugar que há-de sentir, talvez, o pulsar do contacto atrapalhado pelo que se diz não sentir.

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