- Lamento, mas não gosto de voltar.
- Por enquanto ou para sempre?
- Não sei, hoje não. Queria ficar. Talvez a culpa seja dos retalhos. Não sei.
- Uma parvoíce.
- Chamas a isso uma "parvoice"? Como te atreves?
- Da mesma maneira que te atreves a mencionar isso.
- Tenho toda a liberdade para o fazer...
- Mas não tens o momento!
- Não? Não? Então tenho o quê?
- Não tens nada.
- Tenho! Não te permito que repitas.
- O quê? A verdade?
- Foi desnecessário.
- Então entendes.
- Mas não quero. Posso não querer?
- Hoje podes. Mas só hoje. Dou-te um limite.
- Mas porquê?
- Porque tens sido quase perfeita. Porque mereces um dia de descanso da complexidade do que te preenche.
- Obrigada.
- É porque mereces, só isso.
- Tudo isto...
- Sim?
- Sabe-me a pouco.
- Nunca foste uma conformada pois não?
- Temo que não.
- Sabes uma coisa?
- Diz.
- Às vezes é bom.
- Quando?
- Em dias que não o de hoje. Em situações diferentes desta.
- Achas que...
- NÃO!
- Não posso ao menos...
- NÃO! Proibo-te.
- Eu perco-me.
- Julgas que eu não sei? Que eu não noto?
- Então...
- Então pára. Por favor.
- Juro que quero. Mas tira-me daqui.
- Disso?
- Sim.
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