quinta-feira, 30 de abril de 2009
Asas Eléctricas
GNR- Asas Eléctricas
Asas servem p'ra voar
Para sonhar ou p'ra planar
Visitar, espreitar, espiar
Mil casas do ar
As asas não se vão cortar
Asas são p'ra combater
Num lugar infinito
Num vacuo para ir espiar o ar
Asas são p'ra proteger
Te pintar, não te esquecer
Visitar-te, olhar, espreitar-te
Bem alto do ar
E só quando quiseres pousar
A paixão que te roer
É o amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer
Mas só quando quiseres pousar
A paixão que te roer
É o novo amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar
Mas só quando quiseres pousar
A paixão que te roer
É o amor que vês nascer
Sem prazo, idade de acabar
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer
Não vejo mais p'ra te prender
Aconteça o que acontecer
Não há leis para te prender
Aconteça o que acontecer
não é das bandas que mais prezo em ouvir, mas ouvi a música hoje na rádio, e ao tempo que eu não a deixava tocar... 'Amo-te Teresa', é o que ela me faz lembrar! É linda...
About:
GNR
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Fading
Coldplay- Amsterdam
Come on, oh my star is fading
And I see no chance of release
And I know I'm dead on the surface
But I am screaming underneath
About:
Coldplay
Não vou por aí
Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio
About:
José Régio
sábado, 25 de abril de 2009
Todo o tempo do mundo
Passamos a vida a falar do tempo.
Do tempo que faz e que é demasiado frio, demasiado quente, demasiado chuvoso, demasiado seco, demasiado qualquer coisa.
Mesmo que concordemos que somos uns priveligiados por viver neste clima ameno em que o uso da palavra "demasiado" é sempre um exagero, o facto é que fazemos conversa aproveitando as condições climáticas como se fizesse sentido ou merecesse.
Quando não é deste tempo que falamos, recorremos ao outro. O tempo cronológico, medido pelo relógio, pelo correr dos dias, dos meses e dos anos.
Desse outro tempo, então, parece que as queixas não têm fim. Dizemos que "o tempo não estica", que "não temos tempo para nada", que "o tempo foge", que "o tempo não pára", que "andamos sempre a correr" e mais umas dúzias de aforismos que revelam sempre o mesmo: a nossa quotidiana luta com o tempo ou contra o tempo.
Claro que podíamos abordar o assunto de outra maneira. Podíamos, por exemplo, dizer que tentamos fazer mais do que somos capazes, que não medimos bem os nossos próprios limites, que nos metemos em coisas a mais. Podíamos achar que ao querer ficar bem nos diversos retratos, evitamos dizer "não", nos comprometemos com objectivos irrealistas ou avaliamos mal as tarefas ou os nossos recursos. Podíamos considerar a possibilidade de sermos desorganizados, complicados, desarrumados, baralhar assuntos e prioridades. Podíamos mesmo assumir, de vez em quando, que somos lentos, enrolados e empastelados.
Mas, qual quê?
O problema é sempre do tempo, essa terrível unidade de medida, indiferente às problemáticas humanas.
E porque o tempo tem as costas largas, conseguimos perceber o imcompreensível: que processos de toda a ordem - no tribunal, no diagnóstico e tratamento de uma doença, no pagamento de uma dívida, na feitura de uma lei, no atendimento de uma reclamação, no pedido de um documento, na implantação de uma medida, até num mero encontro de amigos em que a regra é o atraso - se arrastem como se todos nós dispuséssemos de todo o tempo do mundo. Que, por acaso, não temos.
Crónica de Isabel Leal
The Strokes- You Only Live Once
Do tempo que faz e que é demasiado frio, demasiado quente, demasiado chuvoso, demasiado seco, demasiado qualquer coisa.
Mesmo que concordemos que somos uns priveligiados por viver neste clima ameno em que o uso da palavra "demasiado" é sempre um exagero, o facto é que fazemos conversa aproveitando as condições climáticas como se fizesse sentido ou merecesse.
Quando não é deste tempo que falamos, recorremos ao outro. O tempo cronológico, medido pelo relógio, pelo correr dos dias, dos meses e dos anos.
Desse outro tempo, então, parece que as queixas não têm fim. Dizemos que "o tempo não estica", que "não temos tempo para nada", que "o tempo foge", que "o tempo não pára", que "andamos sempre a correr" e mais umas dúzias de aforismos que revelam sempre o mesmo: a nossa quotidiana luta com o tempo ou contra o tempo.
Claro que podíamos abordar o assunto de outra maneira. Podíamos, por exemplo, dizer que tentamos fazer mais do que somos capazes, que não medimos bem os nossos próprios limites, que nos metemos em coisas a mais. Podíamos achar que ao querer ficar bem nos diversos retratos, evitamos dizer "não", nos comprometemos com objectivos irrealistas ou avaliamos mal as tarefas ou os nossos recursos. Podíamos considerar a possibilidade de sermos desorganizados, complicados, desarrumados, baralhar assuntos e prioridades. Podíamos mesmo assumir, de vez em quando, que somos lentos, enrolados e empastelados.
Mas, qual quê?
O problema é sempre do tempo, essa terrível unidade de medida, indiferente às problemáticas humanas.
E porque o tempo tem as costas largas, conseguimos perceber o imcompreensível: que processos de toda a ordem - no tribunal, no diagnóstico e tratamento de uma doença, no pagamento de uma dívida, na feitura de uma lei, no atendimento de uma reclamação, no pedido de um documento, na implantação de uma medida, até num mero encontro de amigos em que a regra é o atraso - se arrastem como se todos nós dispuséssemos de todo o tempo do mundo. Que, por acaso, não temos.
Crónica de Isabel Leal
The Strokes- You Only Live Once
sexta-feira, 24 de abril de 2009
It's gonna be alright!
Red Carpet- Alright
Só porque me faz feliz, só porque hoje já a ouvi umas 5 mil vezes!
It's gonna be alright tonight, oh my
It's gonna be alright, oh yeah, come baby
The sun is gonna keep on shining
On brighter days, on the horizon
My love for you will always keep on rising
About:
red carpet alright
quarta-feira, 22 de abril de 2009
[ ]
Johnny Cash- Hurt
I hurt myself today
to see if i still feel.
I focus on the pain,
the only thing thats real.
The needle tears a hole;
the old familiar sting,
try to kill it all away,
but I remember everything.
(Chorus)
what have I become,
my sweetest friend?
Everyone I know,
goes away in the end,
and you could have it all:
my empire of dirt,
I will let you down,
I will make you hurt.
I wear this crown of thorns
upon my liars chair:
full of broken thoughts,
I cannot repair.
Beneath the stains of time,
the feelings dissapear.
You are someone else,
I am still right here.
What have I become,
my sweetest friend?
Everyone I know,
goes away in the end,
and you could have it all:
my empire of dirt.
I will let you down,
I will make you hurt.
If I could start again,
a million miles away,
I will keep myself,
I would find a way.
About:
Johnny Cash
"Antes de Começar"
CENA ÚNICA
[...]
O BONECO - Não, Boneca, ouve! Deixa estar calado o meu coração... ele está calado por causa de mim.
A BONECA - Se eu soubesse falar de outras coisas!... Mas eu só sei do que aconteceu comigo.
O BONECO - Não, Boneca... não digas nada... Deixa estar calado o meu coração... Eu não soube ouvir o coração... e o que ele quer é tão claro!
A BONECA - O que é claro é como a luz!
O BONECO - A luz não se engana!...
A BONECA - Nos é que nos enganamos com a luz.
O BONECO - É assim que acontece com a luz!... (Pausa.)
A BONECA - Ouve! Tu também sentes o coração dentro de ti muito grande... que não cabe dentro do peito? Ah! Eu sou tão pequena! E o coração está dentro de mim... à espera pronto p'ra sair... pronto p'ra dar-se e a hora não chega!
O BONECO - Aquela hora que há...
A BONECA - Aquela hora que não passa... aquela hora que ainda não veio... aquela hora que deixa passar as outras adiante... as horas de esperar!...
O BONECO - Deixa estar calado o meu coração...
A BONECA - Dá-me a tua mão!... que eu saiba da tua mão... Que as tuas mãos não sejam as minhas!... que sejam outras mãos como as minhas... As minhas mãos não me bastam... faltam-me outras mãos como as minhas!
O BONECO - É assim que bate o coração...
A BONECA - Dá-me a tua mão!... que os nossos corações sejam a repetição um do outro como é justo!... que as tuas mãos me tragam festas, me tragam paz... paz que se ganha!... (Pausa.) Dá-me as tuas palavras!... essas que tu guardas... essas palavras que não morrem, nem se matam!... essas que lembram o mar... o mar que nunca pára... o mar que não se cansa... o mar que insiste... o mar que não se gasta
O BONECO - Cala-te, coração! Deixa ouvir o mar...
A BONECA - Tu também viste o mar?
O BONECO - O mar foi feito por nossa causa!...
A BONECA - Ah!... É assim, juro-te, exactamente assim o mar... Oh! Como tu o viste bem! Dá-me a tua mão p'ra ser tão grande o silêncio... (Pausa.) O mar!... não acaba nunca o mar!...
O BONECO - O mar começa sempre...
A BONECA - É como o coração dentro de mim!... E nunca sai do peito o coração!...
O BONECO - Como pode mudar-se o coração?...
A BONECA - Às vezes a luz brilha no mar... como se tivesse chegado a hora...
O BONECO - É a fé! É o coração que não se engana!
A BONECA - Mas quando o sol desaparece fico eu tão sozinha! Fico a pensar no que tem acontecido... e não sei o que me falta!... Se não fosse o luar, ainda ficava mais sozinha!... Se me ponho a pensar que o luar me faz companhia, sinto-me enganada! E nos dias em que chove, a chuva também foi enganada...
O BONECO - A quem acredita no coração tudo serve de engano.
A BONECA - Mas quando é o coração que fala, parece-me de mais p'ra mim.
O BONECO - O coração é maior que nós!
A BONECA - E eu sou tão pequenina! P'ra que me deram um coração tão grande?...
O BONECO - Deus fez-nos um coração p'ra não sermos tão pequenos como nós...
A BONECA - Mas é que não tenho forças p'ra ele! Ele é grande de mais p'ra mim! Tu já reparaste bem como eu sou pequenina?
O BONECO - Tu és do tamanho dos que têm coração.
A BONECA - Ah!... é assim, juro-te, é exactamente assim como tu estás a dizer!... mas a hora não chega!... Eu saberei esperar... mas o tempo não espera!..
O BONECO - Assim, é não saber esperar!
A BONECA - Eu por mim não me importo... mas o coração?
O BONECO - O coração espera por nós!
A BONECA - Mas tu não vês que eu sou pequenina... que não tenho forças... que eu não sou como o mar que não se gasta!... tu não vês que eu passo depressa?
O BONECO - Por mais depressa que passes, o teu coração espera por ti... o teu coração não espera mais ninguém... Se tu não vieres, o teu coração não espera mais ninguém... Se tu não vieres nunca, o teu coração não conta, não ouve. É como se não tivesse havido coração. Por mais depressa que passes, dá-te inteira ao teu coração... Porque só sabe do tempo quem não traz coração... o tempo é pecado de quem não sabe amar!!!
A BONECA - Ah!... é assim, juro! É exactamente assim que bate o coração!
O BONECO - Acredita no coração! Ele sabe de cor o que quer!... Não foi necessário ao coração ir aprender o que queria... A nossa cabeça é que precisa de aprender o que quer o coração!
A BONECA - É assim que bate o coração...
O BONECO - O coração nunca está só... O nosso coração é nosso, ele não pode viver sem aquele a quem pertence... ele espera por nós!
A BONECA - Às vezes, a cabeça quer ser mais do que o coração... e fica de costas viradas p'ro coração!
O BONECO - A cabeça não deve ser senão o que o coração quiser! Nunca é o coração que nos falta, somos nós que faltamos ao coração!
A BONECA - Ah!... é assim, juro, é assim que bate o coração!...
O BONECO - Só não entende o coração quem não sabe escutá-lo... ele está sempre a contar aquela hora por que se espera... aquela hora que existe p'ralém da sabedoria... e que tem a forma simplicíssima dum coração natural!...
(Começa-se a ouvir um tambor lá muito ao longe. De repente, os Bonecos ficam na posição em que estavam ao princípio. O tambor vem-se chegando a pouco e pouco. Quando já está bastante perto, ouvem-se muitas vozes de crianças em grande alegria. Depois percebe-se que chegaram ao pé do teatro, e é quando começa a música com o bombo, os pratos, o cornetim, o tambor e os guizos. Abre-se a cortina do fundo e do lado de fora estão sentadas nos bancos muitas crianças com as pessoas que as acompanham. Quando já está quase a começar a representação desce o pano.)
José de Almada Negreiros, in Obras Completas de Almada Negreiros VII Teatro (1993)
[...]
O BONECO - Não, Boneca, ouve! Deixa estar calado o meu coração... ele está calado por causa de mim.
A BONECA - Se eu soubesse falar de outras coisas!... Mas eu só sei do que aconteceu comigo.
O BONECO - Não, Boneca... não digas nada... Deixa estar calado o meu coração... Eu não soube ouvir o coração... e o que ele quer é tão claro!
A BONECA - O que é claro é como a luz!
O BONECO - A luz não se engana!...
A BONECA - Nos é que nos enganamos com a luz.
O BONECO - É assim que acontece com a luz!... (Pausa.)
A BONECA - Ouve! Tu também sentes o coração dentro de ti muito grande... que não cabe dentro do peito? Ah! Eu sou tão pequena! E o coração está dentro de mim... à espera pronto p'ra sair... pronto p'ra dar-se e a hora não chega!
O BONECO - Aquela hora que há...
A BONECA - Aquela hora que não passa... aquela hora que ainda não veio... aquela hora que deixa passar as outras adiante... as horas de esperar!...
O BONECO - Deixa estar calado o meu coração...
A BONECA - Dá-me a tua mão!... que eu saiba da tua mão... Que as tuas mãos não sejam as minhas!... que sejam outras mãos como as minhas... As minhas mãos não me bastam... faltam-me outras mãos como as minhas!
O BONECO - É assim que bate o coração...
A BONECA - Dá-me a tua mão!... que os nossos corações sejam a repetição um do outro como é justo!... que as tuas mãos me tragam festas, me tragam paz... paz que se ganha!... (Pausa.) Dá-me as tuas palavras!... essas que tu guardas... essas palavras que não morrem, nem se matam!... essas que lembram o mar... o mar que nunca pára... o mar que não se cansa... o mar que insiste... o mar que não se gasta
O BONECO - Cala-te, coração! Deixa ouvir o mar...
A BONECA - Tu também viste o mar?
O BONECO - O mar foi feito por nossa causa!...
A BONECA - Ah!... É assim, juro-te, exactamente assim o mar... Oh! Como tu o viste bem! Dá-me a tua mão p'ra ser tão grande o silêncio... (Pausa.) O mar!... não acaba nunca o mar!...
O BONECO - O mar começa sempre...
A BONECA - É como o coração dentro de mim!... E nunca sai do peito o coração!...
O BONECO - Como pode mudar-se o coração?...
A BONECA - Às vezes a luz brilha no mar... como se tivesse chegado a hora...
O BONECO - É a fé! É o coração que não se engana!
A BONECA - Mas quando o sol desaparece fico eu tão sozinha! Fico a pensar no que tem acontecido... e não sei o que me falta!... Se não fosse o luar, ainda ficava mais sozinha!... Se me ponho a pensar que o luar me faz companhia, sinto-me enganada! E nos dias em que chove, a chuva também foi enganada...
O BONECO - A quem acredita no coração tudo serve de engano.
A BONECA - Mas quando é o coração que fala, parece-me de mais p'ra mim.
O BONECO - O coração é maior que nós!
A BONECA - E eu sou tão pequenina! P'ra que me deram um coração tão grande?...
O BONECO - Deus fez-nos um coração p'ra não sermos tão pequenos como nós...
A BONECA - Mas é que não tenho forças p'ra ele! Ele é grande de mais p'ra mim! Tu já reparaste bem como eu sou pequenina?
O BONECO - Tu és do tamanho dos que têm coração.
A BONECA - Ah!... é assim, juro-te, é exactamente assim como tu estás a dizer!... mas a hora não chega!... Eu saberei esperar... mas o tempo não espera!..
O BONECO - Assim, é não saber esperar!
A BONECA - Eu por mim não me importo... mas o coração?
O BONECO - O coração espera por nós!
A BONECA - Mas tu não vês que eu sou pequenina... que não tenho forças... que eu não sou como o mar que não se gasta!... tu não vês que eu passo depressa?
O BONECO - Por mais depressa que passes, o teu coração espera por ti... o teu coração não espera mais ninguém... Se tu não vieres, o teu coração não espera mais ninguém... Se tu não vieres nunca, o teu coração não conta, não ouve. É como se não tivesse havido coração. Por mais depressa que passes, dá-te inteira ao teu coração... Porque só sabe do tempo quem não traz coração... o tempo é pecado de quem não sabe amar!!!
A BONECA - Ah!... é assim, juro! É exactamente assim que bate o coração!
O BONECO - Acredita no coração! Ele sabe de cor o que quer!... Não foi necessário ao coração ir aprender o que queria... A nossa cabeça é que precisa de aprender o que quer o coração!
A BONECA - É assim que bate o coração...
O BONECO - O coração nunca está só... O nosso coração é nosso, ele não pode viver sem aquele a quem pertence... ele espera por nós!
A BONECA - Às vezes, a cabeça quer ser mais do que o coração... e fica de costas viradas p'ro coração!
O BONECO - A cabeça não deve ser senão o que o coração quiser! Nunca é o coração que nos falta, somos nós que faltamos ao coração!
A BONECA - Ah!... é assim, juro, é assim que bate o coração!...
O BONECO - Só não entende o coração quem não sabe escutá-lo... ele está sempre a contar aquela hora por que se espera... aquela hora que existe p'ralém da sabedoria... e que tem a forma simplicíssima dum coração natural!...
(Começa-se a ouvir um tambor lá muito ao longe. De repente, os Bonecos ficam na posição em que estavam ao princípio. O tambor vem-se chegando a pouco e pouco. Quando já está bastante perto, ouvem-se muitas vozes de crianças em grande alegria. Depois percebe-se que chegaram ao pé do teatro, e é quando começa a música com o bombo, os pratos, o cornetim, o tambor e os guizos. Abre-se a cortina do fundo e do lado de fora estão sentadas nos bancos muitas crianças com as pessoas que as acompanham. Quando já está quase a começar a representação desce o pano.)
José de Almada Negreiros, in Obras Completas de Almada Negreiros VII Teatro (1993)
sábado, 18 de abril de 2009
Nostalgia
Esta semana tenho revivido toda a experiência que passei no PANOS no ano passado!
Ao ver o entusiasmo e o trabalho dos que este participaram senti-me tão entusiasmada como eles e uma imensa inveja, mas daquela muito boa!
Tenho saudades de estar lá em baixo, na nossa salinha de ensaios a desprender-me de mim. Depois, depois era transpor tudo o quanto conseguisse para o palco!
Mas há outra saudade, a da família que se construiu, não só a de cá, mas a de lá... A saudade daqueles que ao Porto ainda ontem regressaram e que tão cedo não voltarei a ver! Lembro-me que foi em dias, em 4 dias que estivémos com eles: primeiro cá, depois em Guimarães... mas bastaram para se tornarem parte da nossa família! E agora voltaram, ainda que as saudades persistam.
E estes dias trazem uma enorme angustia... mas que não chega para se sobrepor à alegria que me preenche pelo simples facto de tanta distancia não conseguir afastar amizades que tão facilmente se construiram!
Arctic Monkeys- Fluorescent Adolescent
(uma das músicas daqueles dias de festival em que fomos teatrando...)
Ao ver o entusiasmo e o trabalho dos que este participaram senti-me tão entusiasmada como eles e uma imensa inveja, mas daquela muito boa!
Tenho saudades de estar lá em baixo, na nossa salinha de ensaios a desprender-me de mim. Depois, depois era transpor tudo o quanto conseguisse para o palco!
Mas há outra saudade, a da família que se construiu, não só a de cá, mas a de lá... A saudade daqueles que ao Porto ainda ontem regressaram e que tão cedo não voltarei a ver! Lembro-me que foi em dias, em 4 dias que estivémos com eles: primeiro cá, depois em Guimarães... mas bastaram para se tornarem parte da nossa família! E agora voltaram, ainda que as saudades persistam.
E estes dias trazem uma enorme angustia... mas que não chega para se sobrepor à alegria que me preenche pelo simples facto de tanta distancia não conseguir afastar amizades que tão facilmente se construiram!
Arctic Monkeys- Fluorescent Adolescent
(uma das músicas daqueles dias de festival em que fomos teatrando...)
sexta-feira, 17 de abril de 2009
When love can come a complete surprise...
À um bom tempo que não via estes filmes mas a descoberta ainda recente de um blog despertou-me a vontade de os rever, e assim o fiz!
Before Sunrise e Before Sunset são dois dos filmes que me mais agradam pela sua simplicidade extrema! A sua qualidade advém não só da brilhante direcção, mas também da cosntrução de uma história coesa e apaixonante que se centra unica e exclusivamente em duas personagens e nos seus diálogos magníficos!
E por mais que tente, não me consigo lembrar de qualquer filme que reúna tão pouco e que seja tanto como estes dois!
Duas pérolas cinematográficas, com as quais vale a pena perder tempo! E aqui estão os trailers:
Before Sunrise trailer
Before Sunset trailer
C'est l'amour, il même!
e numa palavra? Stunning!
Before Sunrise e Before Sunset são dois dos filmes que me mais agradam pela sua simplicidade extrema! A sua qualidade advém não só da brilhante direcção, mas também da cosntrução de uma história coesa e apaixonante que se centra unica e exclusivamente em duas personagens e nos seus diálogos magníficos!
E por mais que tente, não me consigo lembrar de qualquer filme que reúna tão pouco e que seja tanto como estes dois!
Duas pérolas cinematográficas, com as quais vale a pena perder tempo! E aqui estão os trailers:
Before Sunrise trailer
Before Sunset trailer
C'est l'amour, il même!
e numa palavra? Stunning!
About:
Before Sunset Before Sunrise
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Crush
Dave Matthews Band ft Tim Reynolds- Crush (live acoustic)
Crazy how it feels tonight
Crazy how you make it all alright love
Crush me with the things you do
And I do for you anything too
Sitting smoking feeling high
In this moment it feels so right
Lovely lady
I am at your feet
God I want you so badly
I wonder this
Could tomorrow be
So wondrous as you there sleeping
Let's go drive 'till morning comes
Watch the sunrise to fill our souls up
Drink some wine 'till we get drunk
It's crazy I'm thinking
Just knowing that the world is round
And here I'm dancing on the ground
Am I right side up or upside down
And is this real or am I dreaming
Lovely lady
Let me drink you please
I won't spill a drop I promise you
Lying under this spell you cast on me
Each moment
The more I love you
Crush me
Come on
It's crazy I'm thinking
Just knowing that the world is round
Here I'm dancing on the ground
Am I right side up or upside down
Is it real or am I dreaming
Lovely lady
I will treat you sweetly
Adore you I mean you crush me
It's times like these
When my faith I feel
And I know how I love you
Come on
Come on
Baby
It's crazy I'm thinking
Just as long as you're around
And here I'll be dancing on the ground
Am I right side up or upside down
To each other we'll be facing
By love
By love we'll beat back the pain we've found
You know
I mean to tell you all the things I've been thinking deep inside
My head
With each moment the more I love you
Crush me
Come on
Baby
So much you have given love
That I would give you back again and again
Meaning I'll hold you
But please please let me always....
One thing in common?
They didn't agree on much, in fact, they rarely agreed on anything, they fought all the time and they challenged each other everyday, but despite their differences they had one important thing in common, they were crazy about each other.
Citação de The Notebook
Dave Matthews Band ft John Mayer- #41
Citação de The Notebook
Dave Matthews Band ft John Mayer- #41
terça-feira, 14 de abril de 2009
Animais Carnívoros
Os Animais Carnívoros
I
Dava pelo nome muito estrangeiro de Amor, era preciso chamá-lo sem voz - difundia uma colorida multiplicação de mãos, e aparecia depois todo nu escutando-se a si mesmo, e fazia de estátua durante um parque inteiro, de repente voltava-se e acontecera um crime, os jornais diziam, ele vinha em estado completo de fotografia embriagada, descobria-se sangue, a vítima caminhava com uma pêra na mão, a boca estava impressa na doçura intransponível da pêra, e depois já se não sabia o que fazer, ele era belo muito, daquela espécie de beleza repentina e urgente, inspirava a mais terrível acção do louvor, mas vinha comer às nossas mãos, e bastava que tivéssemos muito silêncio para isso, e então os dias cruzavam-se uns pelos outros e no meio habitava uma montanha intensa, e mais tarde às noites trocavam-se e no meio o que existia agora era uma plantação de espelhos, o Amor aparecia e desaparecia em todos eles, e tínhamos de ficar imóveis e sem compreender, porque ele era uma criança assassina e andava pela terra com as suas camisas brancas abertas, as suas camisas negras e vermelhas todas desabotoadas.
in Poesia Toda, Herberto Helder, 1979
Zero 7- Distractions
adooooooooooro!
I
Dava pelo nome muito estrangeiro de Amor, era preciso chamá-lo sem voz - difundia uma colorida multiplicação de mãos, e aparecia depois todo nu escutando-se a si mesmo, e fazia de estátua durante um parque inteiro, de repente voltava-se e acontecera um crime, os jornais diziam, ele vinha em estado completo de fotografia embriagada, descobria-se sangue, a vítima caminhava com uma pêra na mão, a boca estava impressa na doçura intransponível da pêra, e depois já se não sabia o que fazer, ele era belo muito, daquela espécie de beleza repentina e urgente, inspirava a mais terrível acção do louvor, mas vinha comer às nossas mãos, e bastava que tivéssemos muito silêncio para isso, e então os dias cruzavam-se uns pelos outros e no meio habitava uma montanha intensa, e mais tarde às noites trocavam-se e no meio o que existia agora era uma plantação de espelhos, o Amor aparecia e desaparecia em todos eles, e tínhamos de ficar imóveis e sem compreender, porque ele era uma criança assassina e andava pela terra com as suas camisas brancas abertas, as suas camisas negras e vermelhas todas desabotoadas.
in Poesia Toda, Herberto Helder, 1979
Zero 7- Distractions
adooooooooooro!
About:
zero 7 herberto helder
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Hell
And the hell begins all over again!
Snow Patrol- Crack The Shutters
You cool your bedwarm hands down
on the broken radiator
And when you lay them freezing on me
I mumble can you wake me later
But I don't really want you to stop
And you know it so it doesn't stop you
You run your hands from my neck
To my chest
Crack the shutters open wide
I want to bathe you in the light of day
And just watch you as the rays
Tangle up around your face and body
I could sit for hours
Finding new ways to be awed each minute
Cause the daylight seems to want you
Just as much as I want you
It's been minutes it's been days
It's been all I will remember
Happy lost in your hair
And the cold side of the pillow
Your hills and valleys
Are mapped by my intrepid fingers
And in a naked slumber
I dream all this again
Crack the shutters open wide
I want to bathe you in the light of day
And just watch you as the rays
Tangle up around your face and body
I could sit for hours
Finding new ways to be awed each minute
Cause the daylight seems to want you
Just as much as I want you
Snow Patrol- Crack The Shutters
You cool your bedwarm hands down
on the broken radiator
And when you lay them freezing on me
I mumble can you wake me later
But I don't really want you to stop
And you know it so it doesn't stop you
You run your hands from my neck
To my chest
Crack the shutters open wide
I want to bathe you in the light of day
And just watch you as the rays
Tangle up around your face and body
I could sit for hours
Finding new ways to be awed each minute
Cause the daylight seems to want you
Just as much as I want you
It's been minutes it's been days
It's been all I will remember
Happy lost in your hair
And the cold side of the pillow
Your hills and valleys
Are mapped by my intrepid fingers
And in a naked slumber
I dream all this again
Crack the shutters open wide
I want to bathe you in the light of day
And just watch you as the rays
Tangle up around your face and body
I could sit for hours
Finding new ways to be awed each minute
Cause the daylight seems to want you
Just as much as I want you
About:
snow patrol hell
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Confidência
Confidência
Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com suavidade
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome
Mia Couto
B.B. King e Rui Veloso- Stormy Monday
Lindo!
Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com suavidade
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome
Mia Couto
B.B. King e Rui Veloso- Stormy Monday
Lindo!
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mia couto bb king rui veloso
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Intemporalmente insuficiente
24 horas? Só 24 horas com mais 24 horas? Intemporalmente?
Como? Mas como é que é possivel?
Preciso de correr... Falta isto, aquilo e aquilo!
Procurar, encontrar, querer. Procurar? Esquece, perda de tempo!
Encontrar! Encontrar? Melhor, deixar ser encontrada!
Querer? Logo se vê!
Ainda tenho de deixar-me prender!
Falta o toque, o encaixe, a química, o dar valor, o penúltimo beijo.
Ah e as palavras? As palavras, essenciais! Erro crasso ao esquecê-las!
Beulah- Popular Mechanics For Lovers
Como? Mas como é que é possivel?
Preciso de correr... Falta isto, aquilo e aquilo!
Procurar, encontrar, querer. Procurar? Esquece, perda de tempo!
Encontrar! Encontrar? Melhor, deixar ser encontrada!
Querer? Logo se vê!
Ainda tenho de deixar-me prender!
Falta o toque, o encaixe, a química, o dar valor, o penúltimo beijo.
Ah e as palavras? As palavras, essenciais! Erro crasso ao esquecê-las!
Beulah- Popular Mechanics For Lovers
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Beulah 24 horas
Invisibilidade
- Uma água fresca, por favor!
Ela olha imediatamente para trás. Assim que o vê contorce toda a sua vontade e resigna-se. Mas continua a permitir-se admirar os seus gestos, persentir o seu calor e querer o que nunca poderá ter.
Ela é-lhe invisível .
Deolinda- Clandestino
Ela olha imediatamente para trás. Assim que o vê contorce toda a sua vontade e resigna-se. Mas continua a permitir-se admirar os seus gestos, persentir o seu calor e querer o que nunca poderá ter.
Ela é-lhe invisível .
Deolinda- Clandestino
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invisível
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Save room
Conheci um novo tipo de alguém diria! (se é que isso existe!)
Diferente dos outros, mas agrada-me!
Atento aos detalhes, aos pormenores, ao que os outros não vêem! Consegue observar - no verdadeiro sentido da palavra - e chega onde os outros nem se aproximam.
Uma pessoa especial, é o que me vem à mente!
Acho que nos faz falta a todos! E estou contente por se ter cruzado comigo!
Foi inesperado e agradável!
Adivinho longas e longas conversas!
John Legend- Save Room
Diferente dos outros, mas agrada-me!
Atento aos detalhes, aos pormenores, ao que os outros não vêem! Consegue observar - no verdadeiro sentido da palavra - e chega onde os outros nem se aproximam.
Uma pessoa especial, é o que me vem à mente!
Acho que nos faz falta a todos! E estou contente por se ter cruzado comigo!
Foi inesperado e agradável!
Adivinho longas e longas conversas!
John Legend- Save Room
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john legend save room
Esclarecimento
Devido a uma participação num concurso de poesia vi-me forçada a retirar dois posts do blog, mas repo-los-ei assim que possa!
domingo, 5 de abril de 2009
tenho que veeer!
estava eu nas minhas paragens pelo youtube quando encontro, por acaso, este clip do filme Happily Ever After.
Gostei tanto que estou com uma enorme vontade de ver, parece valer a pena!
Ponho aqui por me ter despertado a curiosidade e porque a música de fundo é excelente!
Radiohead- Creep
Gostei tanto que estou com uma enorme vontade de ver, parece valer a pena!
Ponho aqui por me ter despertado a curiosidade e porque a música de fundo é excelente!
Radiohead- Creep
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radiohead
Off to Lloret!!!
E assim foi!
Para quem nem queria ir a semana revelou-se uma das melhores de sempre!
QUE SAUDADEEEES!!!!
Buraka - Kalemba (Wegue Wegue)
recordações da primeira noite (: da dos 18 anos (:
Para quem nem queria ir a semana revelou-se uma das melhores de sempre!
QUE SAUDADEEEES!!!!
Buraka - Kalemba (Wegue Wegue)
recordações da primeira noite (: da dos 18 anos (:
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