segunda-feira, 7 de novembro de 2011

(Guillaume!)


Podia dizer-te daqui quantas vezes te coloquei na corda bamba, mentalmente criando episódios em que farias por eu te abandonar. Ou seria eu, enfadada por medidas sempre iguais do comportamento que não pedi.
Farta de fingir que estou a trabalhar, sorrio para ti. Continuas apegado ao teu brinquedo favorito, qual aceso adolescente fora de tempo e por isso não me vês. Ainda hoje não sei do que sei mas acredito em ti. Continuo com os lábios arqueados embalada nesse sentimento adorável de te ter não me separando da sensação de que há quem me queira mais do que por aqui.
E descuido-me baixinho:
- Guillaume.
- O quê?
Levantaste o olhar para mim. Eu levei as mãos à face e encostei-me a elas com uma ligeira inclinação, nunca me desviando de ti. E ignorando o que disse para que ignorasses o que ouviste, sorri e afirmei com a maior certeza do mundo:
- Amo-te.

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