sábado, 5 de fevereiro de 2011

Utopia na Praça

Não consigo criar exactamente um texto. Preciso de me empurrar para a escrita porque de um propósito me despi.

Facilmente passei de uma confessa convertida a uma quase perfeita desinteressada. Digo-vos que há forças que puxam, puxam, contorcendo os dedos, ferindo as mãos por cicatrizar. Elas puxam, prendem, pegam, apertam. Elas arrancam as raízes mais fracas, as que por falta de direcção, lá iam pelo caminho das outras!
Não que fosse algo que eu desconhecesse, no entanto era tudo o que eu não avistava. E de repente, pela noite fresca a chamar o Inverno, entre gente e pessoas de copo na mão, ai a algazarra daquelas ruas miudinhas!, aparece uma luz. Uma luz. Uma pequena, tímida, luz. Mas chama. A luz.
E entre o que estava por vir e o que nunca se esperou que acontecesse, surgiu o que eu apelidava de utopia. Debaixo da chuva, do medo, de uma casa daquela Praça à porta do Bairro.

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